O Fórum de Formação em Saúde Mental de Minas Gerais (FOFO-MG) é um movimento constituído por professores e alunos de diversas instituições formadoras mineiras, além de trabalhadores e usuários de Saúde Mental.
A criação do Fórum deu-se a partir de um profundo interesse e empenho em debater e modificar a situação atual da formação na área da Saúde Mental.
Comprometidos com os princípios da Reforma Psiquiátrica brasileira, incluímo-nos entre os movimentos sociais que lutam por sua efetiva implementação, assegurando assistência digna e garantia dos direitos de cidadania dos portadores de sofrimento mental. Dessa perspectiva, entendemos que a formação em Saúde Mental nas universidades e demais instituições formadoras do Estado encontra-se ainda em acentuado descompasso com o movimento da Reforma, concedendo pouca atenção, de maneira geral, à divulgação e produção de conhecimentos relativos às novas práticas clínicas e políticas desenvolvidas pelas redes de serviços substitutivas ao hospital psiquiátrico.
Tal descompasso é tanto mais problemático se considerarmos que a política oficial de Minas e do Brasil têm como diretrizes aquelas preconizadas pelas leis federal 10216/2001 e estadual 11802/1995; e pelas Conferências Nacionais e Estaduais de Saúde Mental, o que aponta para um distanciamento entre as políticas públicas brasileiras e seu ensino efetivo nas universidades.
O Fórum de Formação em Saúde Mental de Minas Gerais tem promovido diversas atividades no sentido de debater esse problema. Dentre elas, citamos a Primeira Plenária de Docentes e Discentes, ocorrida em abril de 2010, que encaminhou propostas relativas ao tema da formação às Conferências de Saúde; e o Seminário Saúde Mental: Marcos Conceituais e Campos de Prática, realizado em novembro do mesmo ano, prosseguindo e fazendo avançar a discussão.
Para o ano de 2011, programamos diversas atividades - rodas de conversa, jornadas, etc - nas diferentes instituições formadoras representadas no Fórum, que possam colocar em pauta tais questões na própria comunidade universitária, envolvendo novos atores - entre professores e alunos - nessa premente discussão.
Desejamos afirmar aqui nossa expectativa de uma construção conjunta de novas possibilidades de fazer avançar o debate relativo à formação em Saúde Mental.
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